segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Filme da semana: Piaf

   Fazia tempo que eu queria ver esse filme, mas sempre deixava para depois. Hoje eu me arrependo de ter demorado tanto tempo para assisti-lo. Ou melhor "Não, nada de nada... Não! Eu não lamento nada... Está pago, varrido, esquecido. Não me importa o passado!". Sim estou citando "Je ne regrette rien", grande hino de Edith Piaf.


      O filme é emocionante do início ao fim. Eu conhecia apenas uma parte da história dessa cantora que é a alma e a voz de uma Paris não turística.  Piaf nasceu em meio a Primeira Guerra, com o pai nas trincheiras e sua mãe a deixando na rua. A história de abandono é repetida ao longo de sua vida, sofrida aliás, que marca a cantora tanto psicologicamente como biologicamente, se tornando uma mulher com saúde frágil.
   Nesse sentido preciso chamar a atenção para as atrizes que vivem a cantora na infância (Manon Chevallier e Pauline Burlet), quando ela foi abandonada pela mãe, pelo pai, teve cegueira temporária e conviveu num bordel em meio a clientes e outras histórias de sofrimento. Em uma cena forte, a cantora volta a viver com seu pai, e em meio à uma apresentação na rua, ele a chama de forma rude para apresentar "alguma coisa". Ela então canta o Hino Nacional Francês, fazendo o público conhecer sua voz e sua força. É através de sua música que ela encontra reconhecimento enquanto pessoa e como uma possibilidade de ressignificar suas histórias e seus amores.



   Nesse momento entra a figura da belíssima Marion Cotillard, uma atriz francesa pouco conhecida que conseguiu trazer a tona a vivência trágica de Piaf. Poderia listar várias cenas, mas iria atrapalhar um pouco quem ainda não assistiu. Mas acho tocante uma em especial, em que ela está sozinha na praia tricotando, olhando para o mar e concede uma curta entrevista, em que o trecho final é mais ou menos assim:

- Qual é a melhor lembrança de sua carreira?

Piaf: Cada vez que a cortina levanta.

- Se fosse dar um conselho a uma mulher, qual seria?

Piaf: Ame

- A uma jovem?

Piaf: Ame

- A uma criança?
Piaf: Ame.
 

   E é isso, uma tentativa de amar a tudo e à vida, da forma como ela lhe era concebida. E não estou falando só de seus escândalos amorosos para a época, como casar com um rapaz 20 anos mais novo, falo de um amor em estar com o outro, sendo que em sua maioria ela conseguiu fazer isso através de sua música.
   Foi uma vida curta (ela faleceu aos 47 anos), porém cheia, diria até lotada, de experiências que a levaram ao limite entre a vida e morte, sendo que no final, ela não se arrepende de nada.

                                  

    Marion ganhou o Oscar, o Globo de Ouro, o César... Sua performance é impecável: sua mudança postural, modulação da voz  e as cenas em que dubla Piaf. Sim, ela dubla, de uma forma em que própria Piaf participa assim de seu filme.
   Deixo a ficha técnica e o trailer:
  • Piaf: um hino ao amor - La Môme (França, 2007)
  • Direção e Roteiro: Olivier Dahan
  • Elenco: Marion Cotilliard, Sylvie Testud, Emmanuelle Seigerd, Gerard Depardieu, Jean-Pierre Martins
  • Gênero: Drama
  • Duração: 128 minutos



Um comentário:

  1. Olha, eu curto o som da Edith e já ouvi mto sobre esse filme, mas ainda não assisti acredita? #SemVergonha kkkk

    Aproveitar pra agradecer a visitinha lá no blog, volte qd quiser e fique à vontade para dar uns pitacos.
    Beijo grande!

    Evelyn Oliveira
    @evelyncmo
    cupcakerock.blogspot.com

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