quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

5 Programas diurnos na Ciudad Vieja em Montevideo

   Já aviso, o post ficou grande.
   Ainda falando da viagem... Faz um mês que eu fui, mas parece que foi ontem. E aí eu vi que eu não falei sobre a Ciudad Vieja. Meu hotel ficava logo no inicio dessa região. Galera prefere ficar em bairros mais elegantes e chiques (Pocitos por exemplo). Eu queria ficar ali, perto da história, das baladas... O hotel eu nem vou indicar, era simples demais, mas tinha uma cama gostosa e ar condicionado. Voltando para Vieja, eu acabei selecionando esses cinco lugares como imperdíveis. Como eu já falei do Mercado del Puerto nesse post aqui eu não vou indicar novamente, assim como as baladas irão ganhar um post só para elas.

1) Plaza Independencia

 

   A Plaza fica bem no limite do centro com a Ciudad Vieja. É uma praça linda, bem iluminada, cercada por prédios históricos. Esse aí da foto por exemplo é o Palácio Salvo, que durante alguns anos foi o prédio mais alto da América do Sul. Outro prédio importante é onde o presidente Mujica dá expediente.
  Bem no centro da praça fica uma estátua de José Artigas, e, ao seu lado a entrada para o mausoléu onde estão seus restos mortais. É um local imponente. Foi construido de um jeito que sempre haverá Sol sobre o general:


    A praça fica no final da Avenida 18 de julho e o mausoléu fica aberto até as 17:00 horas.

2) Teatro Solis

   Pertinho dali fica o belo Teatro Solis:


   Nós fomos visitá-lo num dia de chuva e foi demais. A arquitetura é linda, sempre tem exposições artísticas e a visita guiada em português custou pouco mais de 9 reais pra cada um. Os guias são ótimos, sabem todas as histórias, além de algumas intervenções artísticas pelo caminho. E olha só como é a platéia dele:


   As visitas são de terça a domingo, em horários fechados: 11, 12 e 16 horas.

3) Museu Torres Garcia

   Infelizmente desse local eu não tirei nenhuma foto, não podia. Mas foi um dos lugares que eu mais gostei. Confesso minha ignorância, não conhecia esse artista uruguaio, mas fiquei enlouquecida com sua história e suas obras.



   Para quem se interessou, é só entrar no site do Museu. Ele fica na Peatonal Sarandí 683, e seu horario de funcionamento é das 10:00 até as 18:00 horas de segunda à sábado, com o valor de 70 pesos a entrada.
4) Livraria Más Puro Verso
   
   A livraria Más Puro Verso está ao lado do Museu Torres Garcia, também na Sarandi. É um prédio bem grande, um belo exemplar do estilo art nouveau, não tem como não percebe-lo!

 

   É uma livraria completa, eu pelo menos achei vários títulos bem pops e outros obscuros psicanalíticos. Bom, ao subir as escadas, logo no mezanino, encontra-se o café PV, muito bom, onde eu comi o JoJo que eu tanto queria! E estava muito gostoso.

  
   A livraria fica aberta em hosrário comercial, isto é, entre 09:00 e 18:00 horas de segunda a sábado.
 
5) Doceria El Louvre 

   Para quem vem descendo a Peatonal Sarandi, para ir ao Mercado del Puerto, precisa passar na rua Perez Castillano (aproveito e já passo o número 1467), é lá que fica a El Louvre. É uma doceria pequena, mas com uma vitrine que te faz salivar:


   Fora os preços que são muito baixos. Vale a pena deixar para comer aqui um docinho depois do Mercado. Preciso dizer também que as atendentes são um show de simpatia.
   Bom, eram essas as minhas dicas desse lugar charmoso dessa cidade que eu me apaixonei. Prometo que não voou demorar pra postar as dicas noturnas e de compras também.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Filme da semana: Piaf

   Fazia tempo que eu queria ver esse filme, mas sempre deixava para depois. Hoje eu me arrependo de ter demorado tanto tempo para assisti-lo. Ou melhor "Não, nada de nada... Não! Eu não lamento nada... Está pago, varrido, esquecido. Não me importa o passado!". Sim estou citando "Je ne regrette rien", grande hino de Edith Piaf.


      O filme é emocionante do início ao fim. Eu conhecia apenas uma parte da história dessa cantora que é a alma e a voz de uma Paris não turística.  Piaf nasceu em meio a Primeira Guerra, com o pai nas trincheiras e sua mãe a deixando na rua. A história de abandono é repetida ao longo de sua vida, sofrida aliás, que marca a cantora tanto psicologicamente como biologicamente, se tornando uma mulher com saúde frágil.
   Nesse sentido preciso chamar a atenção para as atrizes que vivem a cantora na infância (Manon Chevallier e Pauline Burlet), quando ela foi abandonada pela mãe, pelo pai, teve cegueira temporária e conviveu num bordel em meio a clientes e outras histórias de sofrimento. Em uma cena forte, a cantora volta a viver com seu pai, e em meio à uma apresentação na rua, ele a chama de forma rude para apresentar "alguma coisa". Ela então canta o Hino Nacional Francês, fazendo o público conhecer sua voz e sua força. É através de sua música que ela encontra reconhecimento enquanto pessoa e como uma possibilidade de ressignificar suas histórias e seus amores.



   Nesse momento entra a figura da belíssima Marion Cotillard, uma atriz francesa pouco conhecida que conseguiu trazer a tona a vivência trágica de Piaf. Poderia listar várias cenas, mas iria atrapalhar um pouco quem ainda não assistiu. Mas acho tocante uma em especial, em que ela está sozinha na praia tricotando, olhando para o mar e concede uma curta entrevista, em que o trecho final é mais ou menos assim:

- Qual é a melhor lembrança de sua carreira?

Piaf: Cada vez que a cortina levanta.

- Se fosse dar um conselho a uma mulher, qual seria?

Piaf: Ame

- A uma jovem?

Piaf: Ame

- A uma criança?
Piaf: Ame.
 

   E é isso, uma tentativa de amar a tudo e à vida, da forma como ela lhe era concebida. E não estou falando só de seus escândalos amorosos para a época, como casar com um rapaz 20 anos mais novo, falo de um amor em estar com o outro, sendo que em sua maioria ela conseguiu fazer isso através de sua música.
   Foi uma vida curta (ela faleceu aos 47 anos), porém cheia, diria até lotada, de experiências que a levaram ao limite entre a vida e morte, sendo que no final, ela não se arrepende de nada.

                                  

    Marion ganhou o Oscar, o Globo de Ouro, o César... Sua performance é impecável: sua mudança postural, modulação da voz  e as cenas em que dubla Piaf. Sim, ela dubla, de uma forma em que própria Piaf participa assim de seu filme.
   Deixo a ficha técnica e o trailer:
  • Piaf: um hino ao amor - La Môme (França, 2007)
  • Direção e Roteiro: Olivier Dahan
  • Elenco: Marion Cotilliard, Sylvie Testud, Emmanuelle Seigerd, Gerard Depardieu, Jean-Pierre Martins
  • Gênero: Drama
  • Duração: 128 minutos



sábado, 25 de janeiro de 2014

Look de Hospital e consultório!

   As férias acabaram semana passada, mas só ontem eu consegui tirar uma fotinha de look pra postar aqui. Como sou uma pessoa ansiosa, aproveitei para já usar minha spadrille linda e tentar fazer um mix de estampas...


   Vamos aos créditos:
  • Blusa listrada da Marilá,
  • Calça jeans modelo alfaiataria da Ellus,
  • Spadrille da Varal do Sapato,
  • Cinto da PHD Store,
  • Bolsa que a sogra trouxe da Itália,
  • Colares da Carol Gregori,
  • Jaleco da Branco e Cia!
   O look está super simples, mas pra mim foi muito ousado usar animal print com listras. Eu já contei aqui da minha primeira tentativa de misturar estampas. Sempre tenho receio, então eu segui as dicas da Vânia no post que ela fez essa semana (aqui) e resolvi tentar novamente, começando com um acessório com uma estampa e uma peça da roupa com outra. E como eu disse lá em cima, eu queria usar o sapatinho novo:


   Ela tem esse acabamento em preto e foi isso que me fez querer usar a blusa listrada. Nada muito ousado, mas foi ótimo para ir trabalhar.


   Olhando a foto agora vi que o cinto também ajudou. Aliás, eu preciso fazer um post sobre cintos! 
   Ah Madame, mas e esses colares? Não pode no hospital! Pois é, fiz errado e fui trabalhar com eles. Ficaram escondidos debaixo do jaleco, foi tão automático, percebi que estava com eles só lá pelas 10 da manhã... Depois a tarde eu aproveitei que só tinha compromisso bem lá no fim do horário e fui bater perna no centro...comprei algumas coisas e não gastei quase nada! Mas isso fica pra outro dia.
   Semana que vem eu vou tentar combinar com uma estampa floral, como a Juliana falou (aqui), vamos ver se eu consigo...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bazar Fiusa Center: Eu fui!

   Dias atrás eu vi essa fotinho no Instagram da Varal do Sapato e achei super interessante:


  Daí eu organizei o meu horário e consegui dar uma passada lá hoje, e olha, vale a pena. São produtos das lojas de lá, então tem de sapatos à brigadeiros. Eu acabei não tirando foto do Bazar em si, mas da situação da Varal após ser invadida por uma onda de consumidoras atrás de 50%...


   Eu acabei levando dois pares pelo preço de 1! São modelos da Varal mesmo, que eu tanto gosto:


   Eu me apaixonei pela pedraria! É uma rasteira super chique, o que é bom para pessoas que nem eu que tem que evitar ainda o uso de salto por um tempo.


   É muito amor por uma spadrille só! Vai amanhã mesmo conhecer o HC. Bom, além da Varal eu fui visitar a Marikita que está com descontos progressivos, uma peça 10%, duas o desconto é de 20%... Comprei uma regatinha de cetim bem básica também:


   Bom, para quem tiver interesse, o Bazar ainda ocorre amanhã e sábado, das 10:00 até as 20:00 horas. Ah, como eu amo essa época de descontos...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Livro: Almanaque da Música Pop no Cinema

   Anos atrás eu fui para Campinas e comprei esse livro na rodoviária. Bom, semana passada lá estava na rodoca e novamente comprei um livro sobre cinema, o Almanaque da Música Pop no Cinema.



   O livro foi escrito pelo jornalista Rodrigo Rodrigues, que já foi apresentador do Vitrine na Cultura. Paralelamente à vida televisiva ele nutre um amor por trilhas sonoras, tanto que possui uma banda chamada The Soundtrackers, que só toca trilha sonoras:
  
http://www.soundtrackers.com.br/

   E foi assim, fazendo pesquisa para a sua banda que o Rodrigo se deparou com várias histórias de bastidores e as produções de cinema. O foco acaba sendo a década de 80, período fértil de filmes com boas trilhas. Algumas curiosidades sobre quem iria cantar tal música, ou vocês sabiam que era para a Enya fazer a trilha sonora de Titanic? Falando agora nem faz sentido, mas durante a produção de um filme tudo pode mudar.


   O livro é uma delícia! Além de falar sobre o filme e a música, ele ainda conta com um quadrinho com as músicas da trilha sonora; é impossível ler e não começar a viajar nas músicas, no filme, no que você sentiu enquanto o via! Pra mim pelo menos foi intenso; precisei parar de ler, dar um tempo, ver um filme e depois voltar. Alias, vocês sabem como eu gosto de um filme né, é só olhar o meu tumblr e ter uma idéia. To aqui escrevendo o post e assistindo Top Gun, e é impressionante como a música no momento certo faz a cena ficar completamente diferente, ou alguém aí consegue imaginar Tom Cruise numa moto disputando com um caça sem estar tocando "Take my breath away" ao fundo?
   Espero que venha um segundo volume porque por mais que eu tenha gostado do livro eu senti falta de vários filmes, até porque ele abrange um período de 1956-2010 e muitos ficaram de fora. Mas estão lá as músicas do Elvis, Goonies, Dirty Dancing, Os embalos de sábado a noite, Tina... 
  • Título: Almanaque da Música Pop no Cinema, 216 páginas lotadas de fotos
  • Autor: Rodrigo Rodrigues.
  • Editora: Leya/ Lua de Papel - 2012
   Por fim deixo uma das minhas músicas favoritas de um filme que eu amo muito (as vezes sou romântica):


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Almôndega de atum recheada

   Depois de tudo o que comi durante a viagem (isso porque eu ainda não mostrei os doces - em breve) era lógico que eu iria ganhar peso. Mas sem crise, foi só voltar para a rotina aqui de casa que em 1 semana os 2 quilos foram embora. Mas não é milagre né, é uma alimentação mais saudável, a base de saladas, até porque aqui em Ribeirão está um absurdo de quente e fica fácil aderir aos verdinhos.
   Chega de blá blá blá e vamos à receita:
  • 2 latas de atum ralado;
  • 1 ovo;
  • 1 colher de chá de molho de alho;
  • 1/8 de cebola; 
  • 1 colher de sopa de farinha de quinoa;
  • 1 pitada de preparado de lemon pepper (mas pode ser pimenta do reino);
  • 6 folhas de hortelã.
   Primeiro é só colocar todos os ingredientes numa bacia:



   Depois misturar bem e dosar o tanto de farinha que irá usar. 
 


   Eu usei só com a colher que eu já tinha colocado e por fim usei uma pitada de sal. Daí é só fazer a bolinha:



   Finalmente chegamos ao recheio. Eu ralei muçarela suficiente para 8 almôndegas. É só colocar o queijo no meio da bolinha e depois fechar (eu não tinha visto que a foto ficou assim - sorry)



   Como eu disse, essa receita foi o suficiente para 8 almôndegas médias. 


    Coloquei no forno elétrico em 130 graus por 15 minutos. Depois mais 10 minutos em 160 graus e "tcharãn":



   Ela fica com uma crosta bem crocante e o recheio bem macio. Acompanha muito bem com salada:


   Ficou muito leve e saboroso. No fim eu temperei com um pouco do limão que eu usei na salada e ficou ótimo. Eu recomendo também pela rapidez, levei 40 minutos para preparar tudo. Fica aqui uma alternativa para quem não quiser comer o hambúrguer de atum que eu já mostrei nesse post (apesar da receita ser quase igual). E aí, aprovado?
  

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Para comer em Montevideo



   Hoje o post é para falar de alguns lugares onde nós fomos comer. Não são os lugares mais chiques de Montevideo, nem os mais caros também, mas foram aqueles que eu me senti mais a vontade e que o marido também aprovou. O primeiro era ao lado do nosso hotel, o El Navio:


    Essa foto é do Chivito de lá. Esse é um Chivito servido no prato para duas pessoas. Basicamente um bife delicioso, queijo, presunto, ovo e batata frita. Estava delicioso e era muita comida. Essa aliás é uma característica da culinária uruguaia, o exagero. Enfim, o restaurante é bem simples, fica na esquina da Avenida 18 de julho com a rua Rio Branco na Ciudade Vieja. O preço é bem em conta em comparação a outros locais que nós fomos.
   O próximo restaurante nós encontramos o Don Koto enquanto íamos para a feira de Tristán Navaja (assunto para outro post) e no caminho sentimos um aroma delicioso. Achei estranho um cheiro de carne vindo de um restaurante com nome meio italiano e meio japonês. Fizemos nossas comprinhas e...


   Esse daí é meu Bife Entrecote acompanhado de batatinha noisete. Estava divino, é a ponta do Contra Filé. O restaurante é super simples, bem em conta também, ficou em menos de 100 reais essa maravilha acompanhada de Patricias geladas.


   Aliás essa foi nossa grande companheira de almoços e jantares. O endereço do Don Koto é Rua Colonia, 1758.
   Agora vem o último capítulo, o Mercado do Porto. Fomos duas vezes porque amamos e achamos um lugar muito gostoso. Na primeira vez fomos ao La Maestranza. Entre os vários restaurantes nós o escolhemos porque gostamos de sua parrilha:
 
  
    E também pelos acompanhamentos da carne. Escolhemos batata frita e provolone com panceta e o  marido escolheu uma morcilla, que é uma linguiça com sangue, o nosso chouriço. Olha só:   


 
 

   Eu pedi um bife de Angosto, o equivalente ao nosso Contra-Filé. Pedi ao ponto, uma vez que eu já tinha lido que o ponto deles é mais parecido com o nosso mal passado. Tirei uma foto bem de perto para vocês terem uma idéia de como é a textura dessa carne.


     Na segunda vez nós fomos ao Babieca, que fica logo na entrada. Novamente um dos motivos de escolha foram os acompanhamentos. Eu pedi uma batata assada na brasa com queijo roquefort e o marido pediu um pimentão recheado com queijo e panceta:


   Não tirei foto da picanha que comemos por lá por motivos de esquecimento. mas estava maravilhosa e esse foi o lugar mais barato que comemos. O Mercado do Porto fica na Calle Piedras, 287 - Cidade Velha.
   Deixo essas quatro dicas só, os outros lugares foram meio de improviso ou foram balada, que será um outro post. Podem se preparar que ainda tem muito Uruguai pela frente.