O título em portugês é péssimo, mas o original também não é lá grandes coisas, porém muito mais poético, algo como um longo domingo de noivado. Depois de começar a assistir eu me lembrei de meus amigos da faculdade falando sobre esse filme (ele é de 2004) e dos vários prós e contras da história. Saldo final, eu amei!
Os atores e o diretor são os mesmos de Amelie Poulain, que é um dos meus filmes favoritos, e o melhor, em nada lembra o Amelie!
Junet (o diretor) é famoso por gostar de escrever os roteiros de seus filmes, mas neste caso ele adaptou um livro com o mesmo nome, dez anos depois. A história começa com alguns soldados desertores do exército francês caminhando para sua sentença. Todos acusados por se auto mutilar para serem dispensados. Só isso já é muito dramático. E a história vai e volta o tempo todo, sempre muito bem ilustrada. O forte de Junet é mostrar a fantasia ali na tela, narrada e escancarada. Uns não gostam, preferem imaginar, eu acho que cinema é isso, expor fantasias na tela.
A partir daí segue-se uma história em que a Audrey Tatou mostra todo o seu talento. A personagem Mathilde passa a investigar o que acontece depois da sentença executada, afinal seu noivo estava entre os condenados, e principalmente, como e porque tal decisão ocorreu. Vários personagens são introduzidos, e dica, tentem se lembrar de todos, a história dessa investigação é cheia de detalhes que se encontram e se despedem. Aliás essa é uma palavra muito importante, despedida. Mathilde é órfã, e faz um ritual para poder se despedir dos pais. O noivo vai para a guerra, ela cria outro ritual para se assegurar que ele volta vivo. Ela dúvida que ele está morto, então cria jogos para que o destino lhe diga que ele não morreu. Sintomas condizentes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo, mas não vou falar aqui de psicopatologia, porque o principal não era só o alívio da ansiedade, mas não entrar em contato com a dor da não despedida.
O filme é lindo, o final idem, enquanto Amelie me traz vida de uma forma leve, a Mathilde me traz a vida com uma dureza e de forma muito cru, tal como deve ter sido nesse período pós-guerra.
É um filme com personagens femininas muito fortes. Acima estão outros dois exemplos, a Jodie Foster que faz o contraponto romântico e a Marion Cottiliard que faz o lado "Kill Bill", atrás de vingança. Elas estão lindas, dramáticas na medida certa e complementam a história da Mathilde... Recomendo mil vezes, espero que tenham ficado com vontade de assistir, segue abaixo os créditos:
- Eterno Amor - Un long dimanche de fiançailles (2004)
- Diretor - Jean-Pierre Junet
- Elenco - Audrey Tautou, Gaspard Ulliel, Dominique Pinon, Clovis Cornillac, Jérôme Kircher, Chantal Neuwirth, Albert Dupontel, Marion Cottiliard, Jodie Foster
- Gênero - Drama, Romance
- Duração - 134 minutos
Fiquei com muita vontade de assistir, verei com certeza.
ResponderExcluirBjos
http://esmaltesdalidi.blogspot.com.br/
Assista sim! Tava com saudades de você por aqui no Blog!
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